quinta-feira, 23 de julho de 2020

Intervalo no trabalho


Eu procuro na noite de estrelas
um cometa que disse que viria.

Procuro no dia uma meta
a pista reta do rastro cadente.

Eu espero eclipses, satélites.
Processo bits nos vários azuis.

A matéria espoca na tela
esfarela um quase fim –
ou apenas um dead-line.

É só cair a chuva
que o sinal também se vai.

Soturno passo a olhar o céu.
Saturno perdeu o seu anel?

Perdi a conta na constelação,
este é o sinal que procuro.

Pedi a conta, serei apenas
astrônomo da poesia.

CRiga.


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