sexta-feira, 31 de julho de 2020
Um flashback
quinta-feira, 30 de julho de 2020
"Brilha que te quero luz, andaluz"
Nesta vida já
começo ao bom calejar.E você
começa a
cutucar-me a casquinha
fazendo-me
sangrar.
Você vai
ganhando (acredito)
compreensão
sobre este mundão.
E eu vou
perdendo o jeito de te compreender
num mundinho
perigoso que tem cadafalsos
regados à
falta de likes no Instagram.
Tenho medo
destas “doenças” da tua idade.
Quero apenas
você gente do bem, como já és –
mas insistes
conjugar verbos dessa melancólica
e fake
modernidade.
São pessoas
fracas que só se “fortalecem”
à custa de
cuidar dos próprios umbigos
e das crias
que crescem sem rumo nem por quê –
distraídos
que resultam em tristes zumbis egoístas
que deixam-se
comandar por um “ista” da vez.
Nem quero que
você seja a fonte maior da força
nem da
necessária cidadania:
apenas homem
e ser humano de um mundo de verdade.
Você está nos
chicotando a alma, tenha calma,
o futuro
sempre será seu.
Cabe a mim
ajudar-te a crescer.
Cabe a você
ajudar-me a não encolher...
CRiga.
quarta-feira, 29 de julho de 2020
Um lugar na eternidade dos teus olhos
terça-feira, 28 de julho de 2020
Me dá a mão
segunda-feira, 27 de julho de 2020
Um legado largado no escuro
sexta-feira, 24 de julho de 2020
Militância de flores
Há um Brasil
que insiste
invadir minha
história de amor.
Trocam-se
flores multicores
pelo amarelo
e vermelho –
as flores não
ficam tão tristes
desde os
tempos de Vandré.
Trocam-se
poemas por discursos.
A carta
anônima romântica
depositada na
caixinha do correio,
vira fraca
denúncia estampada
em qualquer
página de jornal.
Troca-se
perfume por gás lacrimogêneo,
vestido chita
por camiseta chiita.
Troca-se
convite a um passeio
por
convocação a passeata.
Eu prefiro
sim a flor colhida
à morta
pisada no canteiro.
Um coração
partido
a tomar
partido do terror.
Há um Brasil
que resiste
se reinventar
histérico
na minha
história de amor.
CRiga.
quinta-feira, 23 de julho de 2020
Intervalo no trabalho
Eu procuro na
noite de estrelas
um cometa que
disse que viria.
Procuro no
dia uma meta
a pista reta
do rastro cadente.
Eu espero
eclipses, satélites.
Processo bits
nos vários azuis.
A matéria espoca
na tela
esfarela um
quase fim –
ou apenas um
dead-line.
É só cair a
chuva
que o sinal também
se vai.
Soturno passo
a olhar o céu.
Saturno perdeu
o seu anel?
Perdi a conta
na constelação,
este é o sinal
que procuro.
Pedi a conta,
serei apenas
astrônomo da
poesia.
CRiga.