Quero escrever cartas a amigos meus.
mas sabem que a casa é sua.
Depender de
rede social
para
autoajudar-se,
é matar-se no
silêncio
do estádio
lotado:
a galera que só
espera
gritar o gol
contra,
tripudiar na
diversão
de cancelar mais
alguém.
CRiga.
CRiga.
CRiga.
CRiga.
CRiga.
Melhor fechar
a janela,
destrancar a
porta.
Não se
importe
pela chave no
contato.
Se importe, me
teleporte
quando eu
sair
quando eu
sentir
quando eu
quiser.
E seja forte
porque sorte
é uma piada.
CRiga.
A paz não é algo tão perfeito assim.
Arranque d´alma
aquele segredo imundo,
limpe-o com
uma dose de colírio de gaveta
ou, se
necessário à compreensão,
junte primeiro
ao trapo de limpar o chão.
Esfregue a velha
casa, maltrate as manchas.
E se elas não
quiserem ir embora
faça um bolo de
amora
à espera do
amor bater à porta.
A tua porta
que range um abandono secular,
um monstro
covarde mofado no canto
com desejos e
vontades de te acordar
pra não pecar
sozinho na madrugada.
Pode ser o
fim ou a libertação.
Árvores secas
sentem falta das folhas ao vento.
Na pedra o
musgo verde um dia foi água cristalina.
Me ensina a
ser o seu normal.
CRiga.