Fórmulas mágicas,
deixar de
querer adivinhar o futuro
a partir dos parcos
sinais de hoje.
Faz tempo que
sente a apreensão
do gênero
operário.
A ameaça dos
Brasis de hoje
declarada
apenas na balbúrdia
dos recentes
vencedores.
Antes
houve apenas
o remoer de não se lembrar
como se faz
alguém feliz.
A
incapacidade de fazer feliz.
A
incapacidade de se partir estas correntes
donas do seu
amanhã.
De moldar o
futuro dos filhos
a partir de sua
vontade e certezas colhidas
de uma
vivência plena, independente –
não de
favores dos vendados olhos do poder.
Será que
existe o tal do “dono do destino”?
Apenas ele vê
a varanda ameaçada
quando este
vento torto faz a madeira bater-se
querendo
despertá-lo da languidez.
Mas ela ainda
lembra o pito dividido
da Mariquita
de Drummond.
A voz dela
lhe abala
quando ele
fala sobre seus medos.
Mas a voz
dela também lhe acalma
como o rio
profundo
que atravessa
a cozinha de Adélia Prado.
“Lembre-se de
nosso vinho de hoje à noite.
E pare de se
coçar!”
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