sexta-feira, 12 de julho de 2019

Para sempre brisa


Há sempre quem te apresente salvadoras luzes,
possíveis interruptores na parede de nuvem.
Quem te ofereça participação na prece,
se apresse, ele pode morrer sem tua postiça fé.
Há até quem te ache a fonte das bonanças,
do “tá tudo sempre certo, não se preocupe”.

Não.

Luzes de Natal não me orientam,
apenas enfeitam o garrafão psicodélico.
Tenho fé é na pedra que se move
sem precisar da fé que move montanhas.
Tá tudo sempre certo, bem perto
de você não estar me dando no saco.

Sim.

Posso não ter as receitas mágicas e mesmas
de todo final de ano que precisamos encarar.
Tenho apenas o passo, a vontade retesada,
o peso de nenhuma idade,
de nenhum compromisso.

Por isso me desculpe pela mesa nunca pronta,
por planejar apenas como não muito te decepcionar.

Eu sou apenas um ensaio de esperança,
um sopro do planejar da rota.
Anota meu recado se precisar:
eu não sou santo muito menos anjo,
mas não sou o mal gosto
da tua ceia que não deu certo.

CRiga.

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