Há sempre
quem te apresente salvadoras luzes,
possíveis
interruptores na parede de nuvem.
Quem te
ofereça participação na prece,
se apresse,
ele pode morrer sem tua postiça fé.
Há até quem
te ache a fonte das bonanças,
do “tá tudo
sempre certo, não se preocupe”.
Não.
Luzes de
Natal não me orientam,
apenas
enfeitam o garrafão psicodélico.
Tenho fé é na
pedra que se move
sem precisar
da fé que move montanhas.
Tá tudo
sempre certo, bem perto
de você não
estar me dando no saco.
Sim.
Posso não ter
as receitas mágicas e mesmas
de todo final
de ano que precisamos encarar.
Tenho apenas
o passo, a vontade retesada,
o peso de
nenhuma idade,
de nenhum
compromisso.
Por isso me
desculpe pela mesa nunca pronta,
por planejar
apenas como não muito te decepcionar.
Eu sou apenas
um ensaio de esperança,
um sopro do
planejar da rota.
Anota meu
recado se precisar:
eu não sou
santo muito menos anjo,
mas não sou o
mal gosto
da tua ceia
que não deu certo.
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