quarta-feira, 31 de julho de 2019

A onda gigante


Uma bem-comportada solidão
enquanto caminha nas ruas.
Cada um,
um mundo

A fuzilar e amaldiçoar
aquela falta,
também a falta de cidadania.

A caminhar num vale enxergando na escuridão
demônios anjos negras nuvens tempestades
traumas erros vícios arrependimentos.
Saudades...

Chorando rindo envelhecendo.
Pedindo socorro. Sentindo tesão. Tensão.

Sempre muito só,
triste incomunicável sensatez.

Alguns sentem vontade de se matar.
Outros de matar.
Gritar. Chorar.
Parar com tudo um dia
e só pedir um copo d’água.

Nem sempre aonde a vista alcança
está a paz que se precisa.

Melhor mesmo é assoviar uma velha canção
mesmo na esquina louca, coração quebrado
guarda-chuva furado, garoa extrema-unção.

Pobre podre coração, egoísta de nascença
até morrer.

CRiga.

Nenhum comentário:

Postar um comentário