Nesta vida já começo ao bom calejar.
E você
começa a
cutucar-me a casquinha
fazendo-me
sangrar.
Você vai
ganhando (acredito)
compreensão sobre
este mundão.
E eu vou
perdendo o jeito de te compreender
num mundinho
perigoso que tem cadafalsos
regados à
falta de likes no Instagram.
Tenho medo destas
“doenças” da tua idade.
Quero apenas
você gente do bem, como já és –
mas insistes conjugar
verbos dessa melancólica
e fake modernidade.
São pessoas fracas
que só se “fortalecem”
à custa de
cuidar dos próprios umbigos
e das crias
que crescem sem rumo nem por quê –
distraídos
que resultam em tristes zumbis egoístas
que deixam-se
comandar por um “ista” da vez.
Nem quero que
você seja a fonte maior da força
nem da necessária
cidadania:
apenas homem
e ser humano de um mundo de verdade.
Você está nos
chicotando a alma, tenha calma,
o futuro
sempre será seu.
Cabe a mim
ajudar-te a crescer.
Cabe a você
ajudar-me a não encolher...
CRiga.
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