quinta-feira, 1 de agosto de 2019

“Brilha que te quero luz, andaluz”


Nesta vida já começo ao bom calejar.
E você
começa a cutucar-me a casquinha
fazendo-me sangrar.

Você vai ganhando (acredito)
compreensão sobre este mundão.
E eu vou perdendo o jeito de te compreender
num mundinho perigoso que tem cadafalsos
regados à falta de likes no Instagram.

Tenho medo destas “doenças” da tua idade.
Quero apenas você gente do bem, como já és –
mas insistes conjugar verbos dessa melancólica
e fake modernidade.

São pessoas fracas que só se “fortalecem”
à custa de cuidar dos próprios umbigos
e das crias que crescem sem rumo nem por quê –

distraídos que resultam em tristes zumbis egoístas
que deixam-se comandar por um “ista” da vez.

Nem quero que você seja a fonte maior da força
nem da necessária cidadania:
apenas homem e ser humano de um mundo de verdade.

Você está nos chicotando a alma, tenha calma,
o futuro sempre será seu.

Cabe a mim ajudar-te a crescer.
Cabe a você ajudar-me a não encolher...

CRiga.


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