Eu vi as mãos desatarem.
Corações descompassarem.
Rimas desrimarem.
Malas intactas
vazias no armário –
não vão levar
as roupas embora
mas também não
farão mais as viagens.
Eu vi amigos
caminhando pelos cômodos
do grande
apartamento,
como se nunca
os quartos tivessem sido um dia
por eternas noites
um só.
É certo que
uma hora até aquele amor cansa.
A dança nos
terraços vira patética lembrança.
A vida vira o
dia a dia do “bom dia” de um estranho
e nada mais.
CRiga.
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