Saberia me contar, me conter?
Quanto tempo
dura a juventude?
Quantos
rostos se formam severos
nos tijolos
incompletos de nossa obra
nos cobrando
dívidas
e atenção?
Eu apenas
tenho roupas de guerra
guardadas
gomadas num guarda-roupa.
Mas a guerra
acabou, a paz é cara,
minha cara
agora tem de novidade
apenas uma
barba grisalha.
Foi-se o
bamba na passeata,
a camisinha
estourada.
Verdade que o
buraco é fundo?
Último
domingo não parecia ser.
Verdade que
se acaba o mundo?
O fogão de
barro se nega esfriar-se.
Meu desejo é
confessar-me temente
à simples natureza
das coisas –
ao pé da futura
jabuticabeira
descobrir-me
então maduro.
À beira de
perceber na sombra
da linda
segunda-feira
que eu sempre
fui feliz.
CRiga.
Nenhum comentário:
Postar um comentário