Quando for
água só quero ouvir
o som do
pneu contra o asfalto
falando
alto à alma sedenta
cheiro
da chuva, selvagem poesia.
Por enquanto
acidentes acontecem
todo dia.
Nunca
aprendi no circo da vida
domar paquidermes
para o show.
Agora fecho
o guarda-chuva furado
dou de
comer, finjo a seriedade
dos ativistas
do Greenpeace.
Cheguei até
aqui, promessas quebradas,
ruas desertas,
feridas abertas
manchando
apenas os cadernos.
Que meu
sangue sirva na transfusão
aos pobres
elefantes que passarão.
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