Contra a
parede,
nem sei se
há parede.
Um passo à
frente,
nem sei se
é caminho.
Tem é uma
pata de elefante
sobre minha
cabeça pensante
meu peito
ofegante, morro aos poucos.
Eu preciso sim
de salvação
ou talvez prestar
mais atenção
ao que
dizem os meus filhos.
Um quarto
bem arrumado.
Um trabalho
de escola
O planejamento
pra festa de aniversário.
O futebol
na quadra, o dia na escola.
O cabelo
que precisa cortar.
O dinheiro
pro pastel da feira.
Eu preciso muito
também
que eles
durmam mais cedo...
Minha cama
é a espera fria calculada
das letras
muito bem colocadas
em
respostas que não sei pra quem.
Pra quem
devo mais que respostas,
a pata do
elefante me sufoca, me endurece.
Então o
sono me mata mais um dia.
A pata do
elefante me esmaga todos os dias!
Esmaga a
poesia que eu preciso
pro
espetáculo do circo
que a vida insiste
ser.
CRiga.
Nenhum comentário:
Postar um comentário