Não há nestes
dias estranhos
aquele que
me diga “você não pode”.
Por isso
enquanto der eu avanço,
danço
conforme minha composição.
Minha música
tem a simplicidade
dos primeiros
garranchos de um garoto
que aprendeu
a ler com revistinha da Mônica
e a doce
irmã ajudando nas sílabas mais difíceis.
Minha dança
tem o olhar de quem chama
à valsa
sincera dos quinze anos, sem sedução.
Apenas
flores no salão, o vigor da juventude,
o brinde dos
amigos, tudo vai certo,
se a força
acabar a gente acende vela.
Minha pintura
tem as cores que me dão,
as que estão
nas vozes das fadas
e das
bruxas que têm algo de bom.
Minha
poesia tem caminho que sei,
não preciso
fincar avisos nas árvores da mata.
Eu me perco
mesmo assim,
e é assim que
vale mais.
Porque reencontrar-se
é sempre luz.
É declamar um
texto aos amigos,
rir com os queridos,
dedicar-se
na escolha da canção.
Brigar só
pelo pescoço da galinha caipira
que sobrou lá
no fogão improvisado
da panela
de barro da patroa.
Disputar quem
viu mais estrelas cadentes
satélites,
constelações,
aquela lua
cheia do Dark Side
nascendo lá no vale.
nascendo lá no vale.
Só não vale
inventar o medo.
Meu amor, me
deixa amanhã
não acordar
assim tão cedo?
Deixo não
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