Dias que
não voltam.
Apenas uma
pluma molhada
na calçada
de nosso carnaval.
O tempo que
me resta
é a guerra
que ninguém vence.
Esta terra
arrasada sou eu,
nada
floresce, eu me engano,
os dedos
correm sem destino certo.
Como ontem,
o desejo é frio.
Um contrabaixo
me controla no solo.
Um voo em
plena tarde
interrompido
pelo barulho
que a louça
não faz na pia.
Eu paro com
o trabalho,
mas me pesam
obrigações.
Necessidade
de rapidez arcaica
ao escrever
um poema sincero
antes da execução das
seis da tarde.
CRiga.
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