sexta-feira, 19 de maio de 2017

Margaridas na calçada


Não sou nada que mereça
este teu singelo sorriso
de eternas boas-vindas.

A não ser que estejas me convidando
para o tempo das calças jeans surradas
bolsos íntegros porém vazios
margaridas colhidas na calçada.

A gente se armou de caras armaduras,
a gente se amou mas esqueceu.
O bronze pesa na cintura sem jogo,
perdemos o jeito de gritar o gol. 

Não quero estar assim alerta,
dar respostas exatas de planilha.
Esteja certa, daqui a pouco
a agenda na cama sem sono
será o amor frio de uma calculadora.

Vem, me convida, não anote.
Me dá a sorte de rever a noite
que a gente vai reinventar.

CRiga.

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