segunda-feira, 29 de maio de 2017

Ritmo do envelhecer


Coloquei nos olhos o sal,
lágrimas de fel sem gosto.
Faz tempo que a gente não chora
não cora, sem vergonha.
Faz dias que a vida corrida
é ferida que volta a coçar.
No final do mês o vil metal,
nada vale o que não vi.
No final da vida o arco-íris,
lado errado sem pote de ouro.
Ritmo é o barulhinho do teclado,
ao lado os vizinhos fazem amor.


CRiga.


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