sexta-feira, 5 de maio de 2017

Maldizeres, maldições


Minha pele ferve não sei o que.
Eu não devo. Devo estar enganado.
Eu tenho amado devendo amor.
Eu temo arrancar sangue das feridas.
Eu. Eu. Eu.
Meu corpo não me responde.
A rima pobre se esconde.
Não quer presenciar o funeral.
Eu não sou mal. Talvez desequilibrado.
Eu tenho sim o medo da carne romper.
Vergonha do meu corpo marcado.
Serenamente, sinceramente,
quem mente sou eu, minto pra mim,
eu não posso confiar.
Eu. Eu. Eu.

“Corre ácido sulfúrico
na veia violeta.
Sangue venenoso,
maldizeres, maldições.

Não leve a mal o corpo que demonstra,
ele só se veste, na pele branca,
das feridas que a alma tem.”


CRiga.


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