Fisgadas nas
já pesadas asas molhadas,
o oceano
negro louco tenta te engolir
no voo contra
o vento-tempestade.
Pangaré
casmurro, o coração
cavalga um
pulso manco
sobre as
geleiras de um apocalipse.
Araponga
louca que chora alto
no corredor
vazio da cabeça bigorna,
a testa suada
se arrasta no asfalto.
Falta a chuva
de afagar a alma,
o abrigo
implodiu, o sapato furou.
Aí vem o
outono
seu bafo seco
gelado
faca cortando
rostos na noite
e um nada de
bom pra sentir no dia.
CRiga.
Nenhum comentário:
Postar um comentário