Do alto de
minha pequeneza
digo verdades
intrínsecas
(como se eu soubesse
o que é intrínseco)
que
algoritmos não conseguem mentirizar.
O que eu sei
é que o corpo vai se acabando
com o tempo
que mói a gente.
Há o feijão que
não deixa esmorecer,
mas não o futuro
macio pra descansar
com a comida que
hoje só luta sobre a mesa.
O que sei é
que tem jovem e gente de roupa melhor,
que já têm e
sempre terão –
comida,
futuro pra descansar
do trabalho
que deve dar
sorrir e
falar tanto na tevê.
É que depois
vem a novela
e a gente esquece
do lutar.
Eu nem sei o
que é algoritmo...
sei que a
gente lê na tela do celular
que o mundo
vai acabar
e que a gente
tem é que trabalhar.
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