Espinhosa
mata que machuca,
faz tempo que
me atravesso.
O excesso não
cura, nem o escuro
de um quarto
ao meio-dia.
Sei de todos
os segredos
até dos que
não me contaram.
E eu sei
porque sou puro.
Na lente do
escritor há uma história,
mas esta fica
pra depois –
uma varanda
de conselhos e moços,
haverá
ouvidos gentis.
Eu sei o
caminho, eu já trilhei
com menos
responsabilidade.
Sei das
pedras, só tenho um sorriso
e a mesma
safira sincera
no olhar de confiar.
Vou correr
contra o vento,
respirar o
bafo gelado, viciado,
prazer em
reconhecer!
Não há
segredo nem na morte.
Há pedras – e
o poeta já sabia muito bem.
Nem que não
haja o mesmo sol,
é outono, vou
curtir o vento cortante.
Há mesas
juvenis na calçada, um convite.
Eu ainda sou
o mesmo, me espera,
eu tenho boas
novidades pra te contar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário