Acabou-se o pulso
na
desesperada hemorragia
do amor que
não passou.
Anjos
desesperados gritavam no eco,
naquele
apartamento frio, sem madeira,
que não era a
sua vez.
Uma garoa
louca silabava
a dor
suspensa no tempo calado.
O vento
gelado girava no quarto
levando os
velhos papéis borrados.
Acabou-se o
pulso
pulseiras,
anéis.
Gritava o
telefone
sem qualquer
resposta,
enquanto a
fria voz feminina
desafiava na
metálica gravação:
“deixe o seu
recado
só após ter
amado
como eu
amei...”
CRiga.
(Caderno
Azul - 2000)
Nenhum comentário:
Postar um comentário