Eu não tenho muito tempo, me devolve este sorriso.
Entre a vida
sem lugar para sentar no banco do trem
E a morte
presa às orações que não acredito
Eu insisto,
te procuro porque daqui a pouco
Seremos
apenas pó na multidão difusa.
Não és musa,
nem amor de uma vida.
Apenas verdes
olhos distraídos
Preenchendo o
nada nesse ar
Muito
devagar.
A porta se
abre, você se esvai feito gás neon
Deixa um
rastro colorido
Florido
vestido da ternura.
Eu tenho todo
o tempo do mundo
Me devolve o
pouquinho que você tomou.
Entre a morte
de voltar às ridículas orações
E a vida de
corações confusos
Eu continuo,
no escuro
Até a próxima
estação.
CRiga.
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