quinta-feira, 6 de setembro de 2018

O segredo entre os lábios



À busca-captura do espião,
anarquiza, devassa,
e na ponta da língua
arma a louca peleja de esgrima.

Depois denuncia, devaneia:
boca no mundo, sorve o abrigo,
o doce crime sabor pêssego morno
ou veluda manga da estação.

Na invasão incendeia o esconderijo
consumindo os segredos quentes,
e o fogo toma todas as paredes
até a queda depois da explosão!...

A chama que resta, então morna,
só emana saudades metafísicas...
a relva molhada, o cheiro de chuva,
o gosto da fruta que sacia.

CRiga.



Nenhum comentário:

Postar um comentário