Acalme seu
espírito, dizem os sons do dia.
Não arrume
mais problemas ou soluções.
Está tudo em
seu lugar,
no lugar que
você deixou.
Você sempre
se deixou levar,
pena livre
que boia no ar.
Mas há brisas
que de vez em quando
entortam o
ritmo, e eu voo longe
longe,
longe...
Deixo-me
pousar na pele morena
naquela mesma
cena de um corredor ginasial.
Deito-me no
banco do ponto de ônibus,
a gente ia
junto trabalhar.
Eu passo pela
velha quermesse
e no pó da
terra batida
me bate sempre
o mesmo arrependimento.
Embarco no
vento, você está lá
passando pela
minha rua.
Eu queria ter
forças para lutar
para pousar sobre
os teus ombros
e você me
levar.
Mas a pena
que boia também escreve caminhos.
Culpa minha
ter confiado nas brisas
perdido tempo
com verbos imprecisos.
Escrever é
acalmar o espírito.
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