Eu te chamo em
melancólicos sinais
porque te
chamar talvez seja a solução
dos meus
pobres dilemas, um perdão.
É um respirar
quebrado, um pedido de socorro,
mas você não
ouve este meu mais novo clichê.
Eu me agarro
àquela juventude tão singela
feita estátua
de areia que dissolve
quando a
sirene ecoa despertando o dia.
O meu tempo já
passou, a maré me engoliu
e eu não vi
você passar de novo por aqui.
O que eu vi
foi uma única foto
você na
praia, os aros pretos de antigamente.
E eu me
reconheci – eu vi você sorrindo
talvez
pedindo para eu voltar.
Há um sol que
me entristece, preferia a chuva,
tenho tido
muito tempo de pensar muito em você.
Tempos em
tempos você me invade sem querer,
e eu estendo
os braços da memória
murmurando frases
desconexas, como num sonho,
pra gente um
dia ficar junto.
Mas como são
impossíveis as possibilidades!...
Você foi
embora naquela carona com teu pai
e eu fui a
hora de quebrar a esquina louca.
Aquele
caminho de chorões numa floresta sem luz
que deu aqui,
onde continuo completamente perdido
completamente
apaixonado por você!...
CRiga.
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