Cairia
mil precipícios se soubesse
que
tudo se apagaria em frente à minha lápide –
a
vergonha,
o
teu perdão que ressurge máquina de triturar alma
naquela
triste ira de esfarrapar o farrapo.
O
fiapo do trapo do tapete
da
trincada porta rangendo desculpas
do
casarão velho abandonado
na
cidade fantasma desta alma.
Que
no jazigo sem enfeites
o
piso tenha espaço pra você pisar
com
teu merecido ódio.
Que
o teu riso tenha tempo
de
ainda gargalhar ao vento.
Que
volte a ler o velho livro de poemas.
Que
o teu amor redesperte
bem
perto
me
enterrando cada vez mais fundo
e
distante.
Não
tenha dó de mim –
apenas
não piche nada no mármore eterno.
Nem
a pedra fria merece monstros
cujas
sombras ainda escurecem lares –
quais
sejam eles onde for.
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