Mal dou
conta das coisas que entendo.
Das que não
entendo faço de conta
que não são
comigo, passo distraído.
Há leões
dominados que ainda fogem,
quem sabe
voltarão a sorrir da jaula.
Há esquinas
cujas jubas me esperam
dominar com
a unha do instinto, sobreviver.
Há passos
percalços acasos e fatos:
importante é
não parar no cadafalso
esperando a
ordem do rei à janela.
Sabe aquelas
vezes que sorri uma esperança?
É que nada
mais me deixa parar no ponto.
Eu conto
histórias e castelos de areia,
e a ponta do
punhal nunca aponta meu destino.
Não sou menino,
sou o ilusionista,
o lobisomem
e o palhaço.
Faço de
conta que tudo é normal.
Mal dou
falta do que me falta.
O inverno
do meu velho guarda-roupa
ainda briga
com estes dias
ainda abriga
minhas mofadas
fantasias.
CRiga.
👏👏👏
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