segunda-feira, 17 de julho de 2017

O que eu penso debaixo do tapete


Foi o papel amassado que rolou
pra baixo da mesa do meu avô.

Aqui agora, linda mesa,
preta linda talhada nos meus mais doces pesadelos. 
Quem não quer se inspirar
que não tenha mesa nem pesadelos,
que não escreva!

Caiu, eu cai,
uma brisa me levou pra junto do pó.
Solidão que não quero nem pensar.

Esqueci do segredo sangrando
uniformemente
enrugado no papel.
Era minha dor muito distraída
em sua santa conveniência
de reciclado paletó.

Todo mundo esquece.
Menos eu!
Tá lá.
É só abaixar pra me ler.

CRiga.



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