O tchau foi
um adeus,
só ele não
sabia.
“Faltava força
nas canções...”
Quando chega
a tal da “experiência”
tudo o que
não é mais tão bem feito
“na sua
opinião”
vira
violinha desafinada de fundo de balde.
Quando caiu
em si
também não
fazia mais questão.
Porém, não
perdeu oportunidade
e compôs uma
nova canção:
amor de ontem
amanheceu já velho
paixão de hoje
é um dia a mais
pra te
empurrar da beira do cais.
Eu quero experimentar
muitos sóis
solos
imperfeitos e a voz sumindo
porque
gritei demais a intensidade
da vida que
você não faz mais parte.
Gravou num
gravador cassete,
a fita enroscou
no walkman.
O estúdio
emprestado de um amigo
não fez o
refrão crescer.
Um dia
esqueceu o papel anotado
numa gaveta
do passado.
Na mudança
o mofo comia as cifras
e as letras
mais pareciam
caderno de
caligrafia.
Resolveu
flertar com o pulso
menos
pulsante – a tal da “experiência”.
No smartphone
abriu o aplicativo
e ainda sem
o mesmo talento do filho
teclou as
letrinhas reformando a canção:
amor de sempre
renasce novo
paixão de
ontem mofou na gaveta,
eu não quis
nunca te matar.
Eu quis
experimentar vôos solos
sóis que
davam num lugar escuro,
então parei
de gritar chamando atenção
e ganhei
então meus menos defeitos.
Guardar onde,
então?
Do antiquado
blog mofado
é que nunca
abrira mão!
CRiga.
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