No leito frio da companheira de
uma vida
havia um cadeado velho
enferrujado
por baixo do vestido novo e
mofado,
guardado na goma
pra uma ocasião muito especial.
Havia também um par de chaves
nunca usado
num velho chaveiro de campanha
eleitoral.
E um bilhete lembrete rabiscado
amarelado
escrito bem assim:
“quando quiseres prender-te a
mim novamente,
não te esqueças de chamares bem
alto meu nome,
mas muito, muito solenemente,
pela nossa velha casa de perdoar pecados
e de reformar o que restou de saudades”.
CRiga.
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