(foto
de Diego Padgurschi /Folhapress)
Há um
Brasil que insiste
invadir
minha história de amor.
Trocam-se
flores multicores
pelo
amarelo e vermelho –
as flores
não ficam tão tristes
desde os
tempos de Vandré.
Trocam-se
poemas por discursos.
A carta
anônima romântica
depositada
na caixinha do correio,
vira fraca denúncia
estampada
em qualquer
página de jornal.
Troca-se
perfume por gás lacrimogêneo,
vestido
chita por camiseta de estrela.
Troca-se
convite a um passeio
por convocação
a passeata.
Eu prefiro
sim a flor colhida
à morta pisada
no canteiro,
um coração
partido
a tomar
partido do terror.
Há um
Brasil que resiste
se
reinventar histérico
na minha
história de amor.
CRiga.
Espero que a sua história de amor e a história do Brasil tenham finais felizes...
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