quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Debaixo da tua saia


Vou perdendo a veia violeta parra.
Do tinto vinho o melhor é o mais velho
só para o velho, só para o velho...

Vou perdendo a poesia na marra.
Vendendo palavras encaixadas
encaixotando os velhos versos
submersos.

Mudar é necessidade, trabalhar também.
O amor é um porto cujo interruptor do farol
está nos navios que naufragaram
e já armaram tempestades.

Vou remando o norte que as palavras me dão.
Sorte maior é não morrer na praia
na barra da linda saia violeta
da poesia que me guarda no cais.

CRiga.


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