Carrego sacos
de areia em cada tornozelo
areia da velha
ampulheta, tempo que passou.
Ardem na pele
vermelha a inconsciência
dependência
a espera pelo
perdão de fato –
vá viver, me
deixe, se deixe
se mexe, pare
de se coçar.
Estou na missão
de descascar batatas
estou deixando
rastros de desinteresse.
Está em crise
aquele bom soldado recluso
o poeta que
cura suas próprias dores.
Nem há a tal
panela de pressão
nem na cabeça
nem gritando na pia.
Correr as teclas
letras só faz doerem os dedos
no latejar da
imprecisão, uma impressão
de corrigir tantos
erros a tempo.
Tempo de
quem?
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