Desfila
sorrateira
às vezes
montada no cavalo
do monumento
no Ibirapuera.
Ou estampada
nos olhos do anjinho
da
fontezinha do bulevar.
É uma respiração
profunda
tentando dar
ritmo ao dia
e ao
coração cansado.
Câmera
lenta, você tenta engolir,
é café amanhecido.
Um drama de
atores sem fama,
uma cama
que não quer te largar.
Pousa nos teus
ombros as mãos pesadas
enquanto em
frente a um computador
você se
pergunta como se deletar dali.
Marca com
as unhas por dentro do peito
feito prostituta
velha, bruxa fedida.
Gata preta
no cio te gritando
lá no fundo
da cabeça que pesa bigornas.
Beija sabor
sangue, congela o estômago,
amarga a
garganta, chuta os testículos.
Sopra um
vento polar na nuca,
parece que
nunca existiu verão.
CRiga.
Uau! Profundo!
ResponderExcluirLindo!
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