Bom
caminhar na terra árida
como quem caminha
distraído
num jardim
da primavera
num dia de sol.
Despejar aos
poucos as pedras mágoas
guardadas
nos bolsos furados,
livrar-se
do que não faz bem
sem magoar
ninguém.
Imaginar o
futuro verde, boiar nas águas azuis,
esquecer das
mãos cansadas do velho pastor
que se
escraviza todo dia
nos envelopes
do político.
É preciso
viver assim,
descompromissado
com o erro
desapaixonado
dos papéis.
Eu preciso
de botas pras novas léguas,
as botas
que eu comprei num sonho
marrons cor
da minha terra -
esta eu já posso
dizer minha.
Eu preciso
viver a intensidade do teu sonho,
nele estão
o jardim da primavera, os sóis,
o futuro
verde, as águas azuis.
O
compromisso com o nada ter
e a paixão
renovada na folhinha
que nunca
vai correr veloz
fugindo assim
de nós.
CRiga.
Uhun, gostei
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