Há o fato –
o fato de eu
ser
podre.
Então eu te
devolvo
o silêncio.
Se não queres
o podre,
o silêncio,
então me
deixa ir cantar
gritar
desmofar o
silêncio
que ainda me
anula
nunca
coagula.
Há o fato –
eu sou
calado.
Então só me
resta
no fim da
festa
te devolver o
meu silêncio
meu lenço sem
perfume
meu documento
sem grana.
Só nos resta
o lado gelado
da cama,
a solidão de quem mais não te chama
para dormir.
CRiga.
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