Há perguntas que de tão simples
armam
tempestades.
Você me ama?
Por que não
gosta mais de mim?
Nem flores
nem dores adiantam.
A esperança,
a bonança,
rima pobre,
roubada poesia,
nada depois
de hesitar.
Há respostas
que de tão francas
devolvem as
coisas no lugar.
Eu não te
amo.
Eu não gosto
mais de você.
Sem desvios
sem rodeios,
seta que
aponta firme e certeira
a estrada à
beira do precipício –
rota difícil,
a vontade é de pular.
Há amor que
de tão confuso
não sente nem
sabe
se ama de
verdade –
não mente mas
omite
insiste
corrigir e fica sem sentido
na insônia de
um coração partido.
Há amor que
de tão autêntico
não mente nem
acena,
é seco para o
sim e para o não.
Não sente
pena, diz a verdade,
dorme o sono
de quem ama
simples, sem
vaidade.
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