quinta-feira, 14 de março de 2019

Psicanálise


Parece que sou mesmo assim, como todos. 
Não veem a dois palmos do nariz
um em cada direção.

Eles têm seus erros
têm até seus podres, quem não?
Não é questão de perdoar
é questão de não amar.

Agora parece que é assim.
Sempre quando há palmos debaixo da terra
dizem
é que o amor grita sozinho no cemitério.

Ou quando tão frágil feito criança
numa cama ou à beira mar
inventa de contar segredos
ou pedir perdão.

Eu não sei. Eu não sinto.
Há filhos que sentem a falta dos pais.
Será que sou mal?
Será que sou pai?

Será que o coração só funciona
quando a gente vira de volta a ampulheta?
O menino que era amável
é apenas um homem perdido em si.

Ora, vamos, então me arrume um dos seus problemas
dilemas de livros empoeirados na estante
pra finalmente eu poder culpar alguém.

CRiga.

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