Passou a vida
escrevendo coisas
que poderiam
servir para algo
em algum
tempo
para alguém.
Não vai
morrer, não por agora.
Mas deixa ali
registrado
seu profundo
arrependimento.
Tem
hora que a solidão é tão lucidamente companheira
que
quando você pensa em fazer um chá
já
está com o cálice de conhaque
nos
lábios secos por novidades.
Mas
não amou o suficiente.
Deixou
o cabelo novo passar despercebido
pela
sala da juventude, vem aqui,
deixa
te dizer das coisas que não sabia...
Tem
é aquela sede de beber
o
sangue tão vermelho, explodir
o
velho pulso no cateter do caráter
salvar
feridos
colar
cacos de corações partidos.
A idade traz flashes
e verdades
sempre tardias.
A nova juventude
não diz nada
e para quê? É
apenas juventude.
Aos vinte era
apenas juventude.
Aos quarenta
não esperava acabar assim
tão sério,
sorriso amarelo de velório.
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