domingo, 31 de dezembro de 2017

31 de dezembro


Não considero a chuva, o barro, o carro quebrado. O “há um ano” ou este ano. Fiz o que pude, o suficiente pra não lamentar. Foi preciso vencer a ladeira, o político em pele de lobo. Construir um lugar legal, reconstruir reputações. Eu vi primeiro o caminho chuvoso pra continuar; depois a secura, e então a segurança que me dá o direito de negar. Há cidades onde estou, horizontes seguros até onde a vista quiser alcançar. Há anos eu me respiro no ar, eu sou o céu azul da estiagem. Bobagem é não sentir um pouco de medo. Volto cedo, não se preocupe, todos os verões são assim. Votos de feliz ano novo e calendários de mercearia. Dia primeiro não é recomeço - é trilhar o fim, a finalidade, a sempre vontade de acertar.

Não tem caminho errado se você apenas caminhar.


CRiga.


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