Os olhos
não mentem. Isso é fato.
Sentem
muito quando sofrem,
riem alto
quando querem.
Eles olham
no fundo da alma,
acalmam,
eles também abraçam,
beijam e
até te comem...
Os olhos se
vestem de lápis e rímel,
óculos
escuros e lentes mentirosas –
são
perigosas as suas meninas.
Farol no
caminho dos cegos,
tortos
quando o amor os cega.
São pretos
castanhos azuis verdes
amarelos e
até vermelhos,
a morte na
verdade tem olhos brancos.
São francos
quando a alma os aperta,
os olhos
enxergam até a bebida
escondida
debaixo do casaco.
Os olhos
não negam a facilidade
e nem a
doce boba felicidade
quando
olham com o coração.
Flecham.
Fecham a avenida.
Moem.
Destroem a rival.
Sambam no
feriado de carnaval,
rezam
fechados pedindo colírio
e perdão.
O padre tem
olhos severos
destes que
inventam o olhar de Deus.
O diabo tem
olhares sinceros
destes que
convertem até os ateus.
CRiga.
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