segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Um pomar de memórias


Todo mundo achou que ele morreria primeiro.
Como a tia sempre dava surpresa
fosse no bolo gostoso na visita da tarde
ou no “não” tão providencial,
ela foi, nem disse tchau.

O tio ficou esperando sozinho na mesa da tarde
o suco da fruta acerola.
Era a hora que o silêncio da velhice
sobrevivia eternizando
o amor que sempre foi necessário.

Para tia Leonilda


CRiga.


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