sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Filosofia de tempo


Ando muito sério
com as seriedades deste mundo.
No fundo no fundo eu prefiro
a rima que desconcerta
o que parece mesmo não ter jeito.

Feito colher margaridas que viverão
apenas até amanhã à tarde.
Lembrar o dia na praia na ilha
em que não sabíamos onde o futuro ia dar.
Comprar um novo caderno azul,
motivo pra de novo se encontrar.
Falar do teu cabelo novo na sala
forrar a rua com as cartas de amor
que você nunca recebeu.

O passado é perigoso sim,
nos culpa pelo ponto onde chegamos.
O presente me pressiona,
nem tanto impressiona, chata experiência.
O futuro deve dar nalgum lugar
onde eu preciso querer estar.

CRiga.


Nenhum comentário:

Postar um comentário