quarta-feira, 30 de agosto de 2017

O caroço da falange


Da torre me abandono,
minha névoa de romance.

Há um belo e explosivo apocalipse,
boas pessoas me pedindo ajuda
e desculpas.

Missão cumprida, minha nave
precisa agora me deixar pra trás –
aqui sou terra seca, inabitável.

Viajar galáxias até a morada
onde dedos afundem na terra a energia
e nos teclados só o preço do adubo.

Nestas mãos que contam histórias,
conto os carocinhos, agosto é 31!
Mais um dia, mais um
não sei saio tão vivo assim.

Mas há primaveras-ficções que salvam
insistem na raiz, são trepadeiras
forçam espaço dentro de mim.

É estranha e boba a esperança...
Setembro já grita entre as falanges
anunciando coloridas novidades
na minha alma
o meu jardim.

CRiga.



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