terça-feira, 8 de agosto de 2017

Vácuos na segunda


Necessário às vezes fugir da segunda-feira,
uma curva à esquerda, o sol da manhã,
à direita cuidado com o excesso de confiança.

Não inicio semanas com esperança de vencer.
Há uma certa calma que me orienta,
e eu não tenho mesmo os pés no chão.

Decidi aceitar as roupas de guerra
até enquanto permaneço na trincheira
deste frio apartamento que me convém.

Também vejo a terra prometida, o caminho,
o pó que a gente come na nossa estrada.
A entrada tem uma porteira capenga
que sempre nos dará as boas-vindas.

A espera é santa, ela canta aos ouvidos
o som que os carros na estrada dos Romeiros
não engrena nem engana
no caminho longo até a paz.


CRiga.


Nenhum comentário:

Postar um comentário