O que rega
a terra seca não vem
com a chuva
cereja da maldição
no agosto
das almas cruas.
Letra que
nasce morta
na boca
apertada
onde os
lábios ainda se cortam.
Nada
desbanca a aridez estampada
na rachadura
do asfalto muito caro.
São duros os
dias de semana
que não
dizem mais que sobreviver.
Quem sofre
é quem tem abrigo
e nada além
do silêncio
para compartilhar.
CRiga.
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