Letras soltas
me desafiam
a pintar a
nuance que destoa,
embeleza e
acaricia a alma.
Mas há um
enorme vazio,
vazio enorme.
O homem que
dorme não sabe
por que então
acordar.
As entranhas
gritam fogo
o corpo
implode, explode.
As doenças são
modernas.
Frases
prontas me denunciam
no tribunal
das autoajudas.
Já matei o
carpinteiro e o cientista,
não tenho a
que recorrer.
Letras tontas
se negam
a lavar em
lágrimas compulsivas
o chão frio
da solidão.
Correr à
poesia pouco adianta,
nada sai do
nada que corrói.
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