Olhos que não querem se abrir.
A chuva que bate à janela
é a falsa amiga derradeira.
O corpo todo pesa,
a cabeça é bigorna.
A alma é um tapete roto
à porta entreaberta do inferno.
Pupilas fixas no infinito,
perdidas num desconhecido qualquer.
Visitas apenas rotulam a dor –
ninguém sabe o que é a dor.
Amor?
Um prego de aço cravado
mijado
enferrujado
no que resta de um coração.
CRiga.
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