terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

A menina no bar


A juventude esguia
desvia
olhares disfarçam
sorrisos denunciam.

É quando os santos batem
riem
conversas tangentes
cúmplice gente.

Atrás das lentes da moda
ela só pede atenção
fala palavrão na roda
e delicada esconde a boca rosa.

Há uma linha muito tênue
entre os distraídos dedos finos
e a atenta mão experiente
que já explorou antigas entrepernas.

Os experientes fogem de lado
e fumam ali a paz cachimbal,
enquanto o copo cambaleia incerto  
na mãozinha delicada ao balcão.

Joga fora a bebida quente
vem, sente a vida que acontece –
às vezes ela fica apenas na impressão,
outras, marca com a brasa da cumplicidade.

Se joga nos meus braços então
sorria neste beijo quente e não se preocupe –
tudo acaba bem, meu bem,
esta noite e a paixão também.

CRiga.



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