quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Linotipo viciado


À tarde, quando tudo parecia
fim-de-mundo programado,
falhou a memória do computador
e falou o dono da bola murcha
que tanto fazia rico ou pobre
velho ou novo – a moda da moda
agora era o desespero.

Preferi correr, recorrer
à memória do coração,
à história sem agá.

A estória que inventamos
quando é nossa a história,
vale memória ou impressão
desde que o coração fale mais alto.

Tudo falha, meu amor.
De infalível bastam a moda
e o barulho das máquinas
quebradas ou não.

CRiga.


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