Uma lua cheia
no céu, romance.
Uma música da
juventude, nostalgia.
Dia após dia
o teu olhar
que se desvia.
Uma irmã clama
braços divinos
e a mãe que
liga pedindo socorro
continua com medo
dos castigos de Deus.
No quarto
conversa com tanta gente
que não
conhece, o trabalho é conversar.
Amargura discursar
medindo palavras.
No quarto
trancado a trabalho
precisa de
móveis antigos pra fazer companhia.
Foi um amigo
que lembrou do romance,
como é boa a letra
apaixonada!
Um norueguês
com voz pop dos 80
cantando a adolescência
tão confusa.
Ela que vai
embora não vê a hora
de não ter
mais que desviar o olhar.
Há milagres
que estão dentro de si, irmãzinha.
Mãezinha, ele
tem só o medo de se arrepender
não ter
chamado pra macarronada de domingo.
A solidão do
artista das palavras artificiais
ordenha moedinhas
difusas no pão de cada dia.
E no quarto
trancado a trabalho
a cama cala um
quase nunca mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário